Endodontia
A polpa é um tecido mole onde estão os nervos e os vasos sanguíneos. Fica no interior do dente e se estende da coroa até a ponta da raiz inserida na inervação da mandíbula e da maxila. Por estar localizada em uma parte mais profunda do dente, qualquer lesão na polpa causa extremo desconforto. Os sintomas mais comuns de que há algo errado ali são dores, que podem até irradiar para a face, inchaço e sensação de latejamento.
Ao sentir qualquer um desses incômodos, o melhor a fazer é procurar um dentista. Se for preciso fazer o tratamento de canal, quem vai cuidar da situação, de preferência, será o especialista no assunto, o endodontista. Vale ressaltar que, quanto mais rápido o indivíduo procurar o profissional, melhor! O tempo pode ser um inimigo no tratamento.
Será que dói?
Em geral, o tratamento não costuma causar mais desconforto do que uma restauração. Mas cada caso tem suas especificidades… então não é possível afirmar que o procedimento será totalmente indolor. Nos estágios mais avançados, quando a polpa está bem comprometida, o incômodo tende a ser maior porque medicamentos e anestesia não costumam ser eficazes.
Para a remoção da polpa danificada, o paciente é submetido à anestesia local. Depois, o profissional retira todo o conteúdo do interior do dente, limpa a região afetada e, em seu lugar, a preenche com material apropriado, restaurando e reconstruindo o dente com retentores e coroas, dependendo da área destruída.
O preenchimento consiste na aplicação de um material em forma de cone em cada canal. Em alguns casos, para dar maior resistência, utilizamos um pino de metal ou fibra, mas isso acontece principalmente quando o dente se encontra muito danificado.
Quem foi submetido ao tratamento de canal terá o dente saudável para a vida toda se continuar visitando o dentista regularmente e realizar a higienização correta da boca. É importante frisar isso porque nada impede que uma cárie volte a aparecer no dente tratado. E, caso ela se instale ali, o paciente não vai perceber um sinal de alerta, pois, como já foi extraída a inervação da polpa (o que dá a sensibilidade ao dente), a cárie terá condições de avançar e levar à perda total do dente. Só com a avaliação periódica do dentista dá para flagrar qualquer problema e impedir complicações.
Na maior parte das vezes, o tratamento de canal tem ótimos índices de sucesso. Se realizado com indicação adequada e de forma correta, o êxito chega a quase 95%. Alguns fatores influenciam essa taxa de eficácia: a vitalidade do dente, a extensão da lesão, a presença de bactérias na região…
Para ter certeza do sucesso do procedimento, o cirurgião-dentista realizará novas radiografias do dente, comparando-as com as anteriores. Por meio desse exame ele identificará se o local está, de fato, se regenerando.
O perigo de não tratar:
No pior dos cenários, a situação se transforma em uma bacteremia, quando as bactérias instaladas na região se proliferam e conseguem acessar à corrente sanguínea. Daí o perigo ameaça o corpo todo. Em geral, quando diagnosticada a doença irreversível da polpa ou da área no entorno, não há alternativas para o tratamento de canal. A odontologia tem se desenvolvido e os tratamentos, mais certeiros, causam cada vez menos desconfortos.
Com isso vem aumentando o índice de resultados positivos. Hoje o tratamento de canal ainda é a melhor solução para restaurar um dente com a polpa danificada. Ainda assim, o melhor remédio continua sendo a prevenção.
Manter a higiene em dia, programar visitas regulares ao dentista e procurar o profissional diante de qualquer sinal de incômodo configuram a melhor maneira de conservar a saúde dos dentes e da boca.
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